Maturidade afetiva e espiritual

quarta-feira, novembro 25, 2015

A maturidade nos leva a uma atitude viril. Uma atitude de combate.

O combate nos leva a duelar conosco mesmos, como o que em nós é mundano, com nossas vontades e emoções (paixões, ciúmes, inveja, rancor, discórdia). Tudo deve passar pela purificação do Espirito Santo, para que possamos agir como mulheres e homens espirituais.

Para que possamos fazer uma vigília eficaz, temos que nos atentar para alguns pontos.

A maturidade espiritual esta atrelada a maturidade afetiva. Se não temos evolução ou engajamento em uma não temos na outra, afinal a maturidade espiritual se baseia em uma relação afetiva com Deus e a maturidade afetiva é a expressão externa da primeira.

Assim devemos ter a capacidade de:

Se lembrar da Providência

A alma soberba, que deixa levar pelo orgulho, pela prepotência, não sabe que não é nada sem a graça de Deus, que se não fosse pela graça não levantaria nem o dedo mínimo do pé. Essa consciência não deixa espaço para a vanglória e também não deixa espaço para se deixar sufocar em meio aos esforços.

Saber compartilhar a cruz

Jesus compartilhou a cruz com o Simeão, ele não negou ajuda. Será que não somos muitos prepotentes quando negamos que nos ajudem ou muito exigentes quando achamos que todos deveriam se mover para nos ajudar? Afinal, Jesus aceitou a ajuda de Simeão, mas não falou nada contra os que estavam acompanhando e não lhe ajudaram, Deus Pai havia preparado Simeão.

“Ó vida, Ó céus”

Quero te dizer que Deus não dá muita bola pra traumas e neuras. Me desculpe, mas Deus só faz milagres quando você entrega a água. Nosso corpo é feito por água, nossas lagrimas também, então é mais útil entregar que reclamar e não dar nada. Quando Jesus falou para a adultera, Ele disse “vá e não peque mais”. Uma orientação simples que caracteriza um novo começo, sem analises do que já foi. Mas como? Te digo, se não pecamos mais o terreno que estamos plantados muda, Deus não muda de terreno, somos nutridos de outro modo e assim damos frutos bons.

Como diz Santa Tereza D’avilla: “Deixa essa mania de reclamar de tudo”.

Lembre sempre se o que irá falar não edifica, fica quieto.

Estabilidade na fé

É a continuação do ponto anterior, se tudo te abala, te faz fazer uma “ladainha do desafortunado”, então falta estabilidade. Virilidade, não ter medo de batalhar, ser forte. Conhecer a própria fé, a si mesmo, a Palavra e a Tradição. São alimentos que deixam nossas raízes estáveis.

Fazer as coisas por Amor


Quando digo isso não me refiro a esse amor romântico, nem a passar a mão na cabeça, só falar coisas agradáveis. O amor não é isso, nem mesmo um sentimento cego ou um quentinho bom no coração, não é sentir as pernas moles e o coração na boca, não é ver o tempo parar. Isso são sinais de emoção. O amor é uma atitude, uma ação.

Assim, você pode decidir amar. É, estou falando sério. E aí esta uma das coisas mais maravilhosas que Deus pode fazer, um milagre invisível. Deus coloca amor se queremos amar. Não vou te falar que é super fácil, digo a verdade, é libertador. Amar por amar. Isso vale para tudo, para os ritos e orações até as pessoas.

Isso nos leva a não fazer as coisas por obrigação, mas por amor, que foi plantado em nós quando decidimos recebe-lo. Muitos acham, que quando falamos que devemos deixar de fazer as coisas por obrigação quer dizer que devemos parar de fazê-lo, é justamente o inverso, afinal Deus torna novo todas as coisas, se quer passar a fazer os preceitos por amor, se quer amar quem te feriu, se quer ver o mundo com os olhos de Jesus, seria Deus capaz de não atender a essa oração?

Esses pontos de vigilância, nos fazem capazes de viver um relacionamento com Deus e expressa-lo em nosso relacionamentos com o outro de forma madura e verdadeira.

Por: Ana Paula Barros

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